Sociedade Lítero Musical 25 de Dezembro, de Irará
Resumo
Histórico
Irará foi elevada a sede de município em 1842 e ganhou título de cidade em 1895.
A Sociedade Musical
foi fundada em 28.03.54 por Alberto de Campos Nogueira, com os músicos que
fizeram parte da Filarmônica União Iraraense, a qual resultou da fusão da
Sociedade Musical Filhos do Progresso com a Sociedade Filarmônica 19 de Junho,
esta última fundada no século XIX.
Os objetivos da 25 de
Dezembro, descritos no estatuto original eram:
a)
desenvolver a cultura,
promover sessões literárias e comemorativas das principais datas nacionais;
b)
incentivar o estudo da
arte musical, formando e mantendo uma banda de música;
c)
ministrar
conhecimentos práticos a seus
associados.
Das três finalidades citadas, só estamos cumprindo fielmente a
segunda, pois mantemos a Filarmônica e uma Escola de Música, para formar
instrumentistas.
Atividades
da filarmônica
Cidades visitadas na Bahia:
Água Fria, Ouriçangas, Pedrão, Santanópolis, Santa Barbara, Tanquinho, Lamarão,
Serrinha, Conceição do Coité, Valente, Riachão do Jacuipe, Gavião, Nova Fátima,
Juazeiro, Coração de Maria, Conceição do Jacuipe, Amelia Rodrigues, Feira de
Santana, São Gonçalo, Santo Amaro, Cachoeira, São Felix, Maragojipe, Muritiba,
Cruz das Almas, Amargosa, Castro Alves, Biritinga, Caldas do Jorro, Tucano,
Euclides da Cunha, Mundo Novo, Morro do Chapeu, Alagoinhas, Inhambupe, Catu,
Camaçari, Madre de Deus, Andarai, Mutuipe, Lencois, Ituaçu, Jaguaquara, Ipiaú,
Jequié, Itabuna, Conquista, Brumado, Paratinga, e Bom Jesus da Lapa.
Outras localidades baianas: Pataiba, Pedra Furada, Alto Alegre, Lustosa e Picado.
No interior do município:
Bento Simões, Saco do Capim, Santo Antonio, Caroba, Milagre da Jurema,
Trindade, Murici, Caboronga, Queimada, Regalo, Boca de Varzea e Largo de São
José.
Em Sergipe, nos apresentamos em Aracaju, Estância e São
Cristovão.
Festivais e Encontros:
1.
Festivais de Filarmônicas
do Interior, no Campo Grande, em Salvador (1975 a 1982) – Fomos classificados
duas vezes em 1º lugar
2.
II Festival de Arte de
Cachoeira (1977)
3.
IX Festival de Arte de
São Cristovão, em Sergipe (1980)
4.
IX Festival de Música
Instrumental da Bahia no Teatro Castro Alves, em Salvador (1988)
5.
Encontros de Filarmônicas
no Dois de Julho no Campo Grande em Salvador (1992 a 1997)
6.
Encontro de Filarmônicas
em Juazeiro (1992)
7.
Festivais de Filarmônicas
do Recôncavo em São Felix (1991 a 2003)
8.
1º Encontro de
Filarmônicas da Chapada em Morro do Chapeu (2001)
9.
II Campeonato Nacional de
Bandas de Música (1978), representando o Estado da Bahia, por ter alcançado o
1º lugar no III Festival de Filarmônicas do Interior. Participamos da fase
classificatória em Recife e da semifinal no Rio de Janeiro.
Outras apresentações:
ü Na Universidade Estadual de Feira de Santana (1981 e 1993)
ü Em “Segundas Musicais” na Reitoria da Universidade Federal da Bahia
(1984)
ü Concerto no Teatro Castro Alves, por ter alcançado o 1º lugar no V
Festival de Filarmônica do Interior (1979)
ü Premiação no I Inventário Nacional de Músicas para Banda,
patrocinado pela Funarte, pela gravação dos dobrados “Periquito” de Ovidio
Santa Fé Aquino e “Juazeiro da Bahia” de Sebastião Valença (1984)
ü Sesquicentenário da Independência da Bahia. Participamos dos
festejos em Salvador, durante cinco dias, com outras nove filarmônicas do
interior, realizando alvoradas, desfiles, retretas, ensaios e concerto, no
Campo Grande, Avenida Sete, Terreiro, Largo do Garcia e Largo da Mariquita (1973)
ü Centenário da Lira Carlos Gomes em Estância, Sergipe (1979)
ü Centenário da Filarmônica Filhos de Apolo em Santo Amaro
(1997).
ü Comemoração do centenário de nascimento do Maestro Tertuliano
Santos (27.04.98) na Catedral de Feira de Santana.
ü Tocatas no Dia do Músico (22 de novembro) no Parque Costa Azul em
Salvador (1997), com mais 16 Filarmônicas e desfile do Terreiro de Jesus ao
Largo de Santo Antonio além do Carmo (1998),
onde nos apresentamos com várias outras Bandas, terminando ao som do
Hino ao Senhor do Bonfim, tocado por todas as Bandas, sob regência do nosso
maestro, Leandro Maciel.
Concertos do Natal:
Tocamos sempre pelo Natal, mas algumas dessas tocatas merecem o nome de
concerto a começar pela de 1973, que realizamos em conjunto com a Banda de
Música do 1º Batalhão da Polícia Militar de Feira de Santana no Cine Paris,
aqui em Irará, com a regência de Almiro
Oliveira, Bernado da Silva e José Gomes de Assis. Destacamos depois as Vigílias
do Natal na Praça da Purificação e na Praça da Matriz, com participação das
Igrejas Evangélicas e do Centro Espírita.
Tocatas habituais em
Irará:
1.
Festa de Nossa Senhora da
Purificação em janeiro e fevereiro
2.
Procissão do Senhor Morto
3.
Procissão de Corpus
Christi
4.
Emancipação política do
Município (27 de maio)
5.
Independência do Brasil
6.
Natal
De todos essas atividades, entendemos que onde a Filarmônica
desempenha a sua finalidade primordial, é quando toca aqui em Irará, na cidade
ou no interior do município, participando da vida religiosa, cívica e social
das comunidades.
Cinqüentenário
Em março de 2004 comemoramos os cinqüenta anos
de fundação da Sociedade com festejos nos finais de semana, incluindo Hino do
Cinqüentenário, Placa Comemorativa, lançamento do livro “Jubileu de Ouro” de José Aristeu de
Araujo, conferências, homenagens, denominação da Escola de Música (Escola
Aniceto Azevedo da Cruz), Exposição do Cinqüentenário que permaneceu na sede
durante todo o mês, apresentações de nossa Filarmônica e de mais cinco
Filarmônicas visitantes e Missa Solene.
Gravações
Ø LP “Tocata” em 1983
Ø LP “Retreta” em 1993
Ø CD “Sociedade Lítero Musical 25 de Dezembro” em 1997.
Presidentes
Ø 1º Presidente e Fundador da Sociedade: Alberto de Campos Nogueira (1954 a 1960)
Ø 2º Presidente: Deraldo Campos Portela (1960
a 2000)
Ø 3º Presidente: Antonio Luiz dos Santos
(2000 a 2001)
Ø 4ºPresidente: Jackson Cerqueira
Martins (2002 a 2005)
Ø Presidenta Atual:
Diógenes Gonçalves Barbosa (A partir de 2006)
Regentes
1º regente: Adalberto da Silva Pinheiro (Betinho). Depois vieram Anísio de
Pinho, Jose Gomes de Assis (Zequinha), Bernardo da Silva, Noberto de Aquino
(Xaxá), Aniceto Azevedo da Cruz, Carlos Santana, Alípio Martins, Antonio
Martins, Leandro Maciel, José Plínio de Oliveira Junior, Welingthon das Mercês,
Geraldo Deusimar de França e o atual Edno Pereira de Jesus.
Betinho, Anísio, Zequinha, Aniceto, Leandro,
Plínio e Edno são músicos da casa. Betinho tocava clarinete e Anísio era o
“Bombardino de Irará”.
Zequinha foi Músico de Sete Instrumentos, instrutor de
aprendizes e autor do dobrado “João e
Iris”.
Aniceto destacou-se como dirigente da Escola de Música tendo
formado a maioria dos nossos atuais instrumentistas e dedicava-se também a
composição de músicas para Banda, quando foi colhido por morte prematura.
De todos, o que mais contribuiu para o crescimento da Banda foi sem
dúvida Noberto de Aquino, o Maestro Xaxá. Foi o que permaneceu por mais tempo
na regência (cerca de 20 anos, entre 1975 e 1997) e conduziu a Filarmônica aos
seus melhores momentos.
Alguns objetivos
ü Construção da Secretaria da Sociedade;
ü Melhor organização da Escola de Música;
ü Atividades de aperfeiçoamento para instrumentistas, instrutores e
regente;
ü Mais instrumentos para a Escola e instrumentos de melhor qualidade
para a Filarmônica.
Um fato interessante
Em 25.07.74 faleceu
Hermógenes Bispo de Almeida (Maninho), grande pistonista. O contrabaixista
Manoel de Cira, após beber um pouco tentando combater a mágoa, fez um discurso
ao lado do caixão na sede da Filarmônica e falou assim: “Deus é a Estrela e a
Luz da Verdade. Morreu Maninho o 1º piston da nossa Banda, ou melhor, foi
convocado para servir entre os Anjos Corneteiros do Trono de Deus”.
18.12.03
Informante: Deraldo Campos
Portela
